A
economia de uma região não existe como valor instantâneo no tempo.
É uma medida das perspectivas futuras em termos de facilidade de
habitar uma região. Como tal, o valor de uma economia pode ser
facilmente acompanhado pela perspectiva que as populações têm da
facilidade de vida numa dada região. Quando um indivíduo médio
perspectiva que pode fazer família e sustentar 4 ou 5 filhos, diz-se
que a economia é boa. Quando um indivíduo médio perspectiva que
tem dificuldades em sustentar-se apenas a si mesmo, diz-se que a
economia é má. Como tal, o estado de uma economia, para o bem ou
para o mal, pode ser determinado pelo crescimento populacional. De
forma simplificada, um indivíduo atinge a maturidade, a
auto-sustentabilidade, e pode ter ou não, capacidade para assumir o
sustento de outros (filhos, esposa e pais, etc), aumentando a
população.
Apresentando
agora o crescimento da população em Portugal em milhões de
habitantes.
Pode-se
ver que a população cresceu a um ritmo constante até uma pequena
queda em 1840, altura da guerra civil. Depois continua com o mesmo
crescimento anterior até 1860, altura em que o crescimento
populacional se acentua com os primeiros efeitos da revolução
industrial em Portugal. No entanto a monarquia, temendo a mudança,
continua com medo de implementar os avanços tecnológicos em larga
escala.
Este
medo do progresso incentiva os revolucionários. Em 1910 o Rei é
morto, segue-se um regime de instabilidade, seguido de uma ditadura
militar. Depois da ditadura, há um período de estabilidade em que
as medidas progressistas são instauradas, instalando máquinas e
caminhos de ferro em larga escala, diminuindo a necessidade dos
trabalhadores manuais e de transportes por animal. Isto devasta a
economia rural, impossibilitando o crescimento populacional e
incentiva a imigração em massa.
Depois
do período de estagnação económica, entra então a economia do
petróleo e o crescimento populacional aumenta seguindo o aumento da
densidade energética disponível para a produção de alimentos que
provém dum combustível energéticamente denso como é o petróleo.
É nesta altura que aparecem todos os derivados agrícolas do
petróleo, como pesticidas, fertilizantes e antibióticos, e dos
mesmos uma garantia de alimentos baratos.
Início
da década de 1960: É nesta altura que os poderes estrangeiros em
guerra fria, temendo a iminente apropriação social portuguesa do
petróleo das colónias por parte do regime português, ou pior, que
outro poder que não o seu, se apropriasse desse petróleo, armam
forças armadas nas colónias portuguesas, e incentivam as populações
locais a movimentos indepentistas. Dão-se as guerras coloniais.
Dá-se
o 25 de Abril. O governo português declara o fim da luta pelas
colónias. Os militares e 1 milhão de imigrantes vêm-se forçados a
regressar a Portugal. Muitos não ficam, mas muitos ficam, e são
obrigados a criar condições para sua subsistência, aumentando o
volume económico e populacional, mas iniciando-se um natural período
de recessão económica e populacional.
Segue-se
a entrada de Portugal na união europeia. Há entrada artificial de
capital sem a nova geração sentir a pressão directa da necessidade
de criar volume económico. A população sente que a economia é
favorável, e aumenta assim o número de habitantes. Quando deixa de
entrar capital, a pressão é sentida, e a população passa a sentir
a sua situação real, problemática. Segue-se a tracejado a
perspectiva futura, caso a situação não mude.
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